Para ajudar aqueles que pretendem visitar o 10º Feirão de Imóveis da Caixa Econômica Federal, que vai acontecer de sexta a domingo, publicamos algumas orientações para quem vai comprar a casa própria pela primeira vez.
No caso de quem mora em imóvel alugado, a saída é pedir ajuda em algum banco e identificar se possui dinheiro suficiente do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou quais as opções de financiamento disponíveis no mercado.
A dona de casa Maria Lúcia Correa, de 45 anos, tem duas filhas e cinco netos. “Seria legal conseguir uma casa em Santos, não importa em qual bairro. Mas realmente não sei como fazer isso. Sou totalmente perdida nessas coisas de papéis e leis. Terei que confiar em um banco, quando tiver dinheiro”, diz a moradora do Centro santista.
Segundo o diretor da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação (ABMH) em São Paulo, Alexandre Naves Soares, casos iguais aos de Maria Lúcia são mais comuns do que se imagina.
“Deve-se analisar com máximo cuidado todas as possibilidades do contrato de financiamento. Há documentos de todo imóvel que precisam ser vistos antes de tudo, para evitar constrangimentos futuros”.
Entre esses documentos citados por Alexandre estão as certidões negativas de ações cíveis, fiscais, criminais e trabalhistas do vendedor, de matrícula do imóvel e de débitos na Prefeitura, como o não pagamento de IPTU. “Se a comprador possui dúvidas, deve procurar um advogado especialista na área de direito imobiliário. A ABMH também presta consultoria gratuita nesse sentido e pode ser contatada pelo site www.abmh.com.br, caso seja de interesse do futuro comprador”.
Confira as dicas
> Modelos de compra
- À vista: é o jeito mais prático, porém mais difícil. Ainda mais aqui na região, onde é quase impossível achar algo bom e barato. É preciso fazer uma poupança prévia por anos e ter disciplina
- Construtora: pagando diretamente a quem constrói o imóvel, o lado bom é que você gasta menos enquanto ele ainda está na planta. O ruim é que é preciso esperar de dois a três anos pela finalização das obras. Também há risco de a empresa falir e você perder o valor investido. E os juros são mais robustos
- Consórcio:cada vez mais gente opta pelo sistema hoje em dia, pois é possível ter o imóvel em poucos meses com juros baixos. Só que o imóvel pode ser seu depois de longos 10 anos. Tudo depende do sorteio
- SFH: o Sistema Financeiro da Habitação é a alternativa para quem comprar uma residência mais barata que R$ 500 mil. A maior vantagem é que ele dá mais fôlego ao cliente, caso aconteça atraso nos pagamentos das parcelas, sendo três meses para conseguir resolver o problema de inadimplência com o agente financeiro
- SFI:criado em 1997, o Sistema Financeiro Imobiliário é bom apenas para quem quer imóveis que valham mais de R$ 500 mil. Não há limites de preços, nem de juros, que podem chegar a 16% ao ano. Só é bom para quem tem dinheiro
> Uso do FGTS
- Compra à vista de um imóvel
- Sinal na compra de um imóvel
-Lance em consórcio imobiliário
- Pagamento de prestações em atraso
- Amortização extraordinária de saldo devedor de financiamento habitacional
- Liquidação antecipada de saldo devedor de financiamento habitacional
- Pagamento de parte das parcelas mensais do financiamento
- É preciso apenas
- Estar contribuindo para o FGTS há mais de três anos
- Não ter realizado nenhum saque nos últimos dois anos
- Este deve ser o primeiro imóvel que se pretende adquirir, ou o único financiamento que se pretende amortizar
> Pagamentos
Em geral, a prestação da casa própria é quase sempre decrescente. Isto acontece em função da diminuição do saldo devedor. Assim, a cada prestação paga, a pessoa diminui o valor da dívida e a incidência de juros sobre ela. A soma dos dois fatores derruba as parcelas.
> Escolha do imóvel
Observe a iluminação e a ventilação. Visite o imóvel em diferentes horários e não se esqueça de ver se perto dele há variedade de serviços, comércios, meios de transporte, hospitais e escolas
> Converse com os futuros vizinhos e verifique se tudo que foi prometido em folhetos foi cumprido (no caso de imóveis novos)
Tenha cautela na assinatura do contrato. Verifique a documentação do imóvel e do vendedor. Confira as condições físicas da casa ou do apartamento e, se necessário, consulte um advogado de sua confiança
> Descontão
Quem compra o primeiro imóvel e o financia pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) tem direito a um benefício que existe há décadas, mas poucos conhecem:desconto de 50% na taxa de registro do primeiro imóvel. Cobre no cartório. Ele pode ser punido se não der essa vantagem a você
> Amortização da dívida
Possibilidade que é dada a quem recebe um dinheiro a mais na mão e quer economizar nas prestações da casa própria, quitando dívidas que iriam vencer mais para frente. Quando opta por amortizar a dívida, o mutuário abate o dinheiro que resta no saldo devedor (correspondente apenas ao valor que você pegou emprestado no banco)
> Inadimplência
Quem deve corre o risco de perder o imóvel comprado. Aí, o melhor a se fazer é buscar a negociação para reduzir parcelas, jogar o valor devido para o saldo devedor ou algum outro tipo de acordo que permita ao consumidor pagar em dia. Se nada for possível, deve-se leiloar o imóvel, pagar as dívidas e o que sobra fica com o mutuário
> Novidade
Desde o último dia 5 os imóveis prontos e financiados com recursos do FGTS podem ter suas dívidas transferidas entre bancos, caso o consumidor ache algum pacote em outra agência que oferece juros menores e melhores condições de pagamento
> Dúvidas
Caso o consumidor ainda queira esclarecer algum assunto, pode ligar de segunda a sexta, das 7 às 20horas, no 0800-7260101, na linha mantida pela Caixa Econômica Federal. A ligação é gratuita.
Fonte: Atribuna
Att.
Caroline Espinosa
(13) 99703-8430
consultoriadabaixada@gmail.com
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