A Vista Perfeita

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Santos é a 2ª cidade do Estado com mais imoveis de Classe Alta



Santos é a segunda cidade do Estado com maior proporção de domicílios considerados de classe alta. 

Esta é uma das conclusões de um levantamento realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base em dados do Censo 2010, do IBGE.

Santos concentra 83.280 domicílios (57,6% do total) com renda domiciliar per capita acima de R$ 914,00. É um resultado que só perde para São Caetano do Sul, onde 62,7% dos domicílios estão nesse patamar de renda per capita.

Em contrapartida, o percentual de famílias consideradas de classe média é de 34,2%. Ficam na classe baixa 8,2%.

O retrato do Município não combina com as demais cidades que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista, cuja a classe alta não atinge um terço dos domicílios. 

Nestes oito municípios (Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e São Vicente), praticamente metade das famílias é de classe média. Em relação à classe baixa, Mongaguá (24,9%), Peruíbe (23,6%) e Guarujá (22,1%) ficam com os piores desempenhos.

Segundo Jorge Manuel Ferreira, economista e coordenador do Núcleo de Estudos Socioeconômicos (Nese) da Universidade Santa Cecília (Unisanta), um dos fatores que podem explicar a elitização de Santos é o encarecimento do preço do solo. 

Ele lembra que o Município fica numa ilha densamente ocupada e o preço do metro quadrado saltou nos últimos anos. “Não há mais espaço para quem não pode pagar. Tanto é assim que a maior parte dos empreendimentos imobiliários construídos recentemente é de alto padrão”.

Ele ressalta que o grande poder aquisitivo dos santistas é captado nos números das Pesquisas de Emprego e Desemprego (PED) realizadas pelo Nese. O último levantamento, relativo a março deste ano, identificou que a renda média dos empregados chegou a R$ 2.596,26, contra R$ 2.462,57 em setembro de 2011, o que representa um acréscimo de 5%.

Outro dado que chama a atenção é a quantidade de trabalhadores formais, que subiu de 65,4% para 69,9% dos empregados. 


Exagero
Professor de economia da Universidade Católica de Santos (UniSantos) e pesquisador do Nese, José Pascoal Vaz defende uma análise mais cuidadosa dos dados. Para ele, definir como classe alta famílias com renda per capita superior a R$ 914,00 é um exagero.

“Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário para vivermos com base nos preceitos da Constituição Federal é de R$ 2.600,00. R$ 914,00 não são nem 40% disto”.

O critério de divisão econômica de domicílios utilizado pela Fundação Seade é o mesmo do adotado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), do Governo Federal. 

Em 2012, a SAE, no âmbito da Comissão para Definição de Classe Média, propôs uma classificação dos grupos sociais no Brasil dividida em oito estratos de renda domiciliar per capita.

De qualquer modo, para Pascoal Vaz a renda média per capita do santista pode ser considerada maior que a média nacional. “Um dado ainda não divulgado, decorrente de um trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Economia da UniSantos e baseado no Censo de 2010, indica R$ 1.691,00 de renda média per capita na Cidade”.




Fonte: Atribuna



Att, 
Caroline Espinosa
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