
Foram comercializados R$ 2,73 bilhões de unidades residenciais na capital paulista de janeiro a março, diz
Secovi-SP
As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou no primeiro trimestre de 2012 alta de 27% em termos reais no valor movimentado em relação a igual período do ano passado. Foram comercializados R$ 2,73 bilhões ante R$ 2,15 bilhões registrados de janeiro a março de 2011, segundo a pesquisa sobre mercado imobiliário na cidade, feita pelo departamento de economia e estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Em quantidade de unidades o crescimento é de 26,6% no período, para 5,4 mil imóveis comercializados, contra 4,265 mil no primeiro trimestre do ano passado.
Conforme dados apurados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), os lançamentos residenciais na cidade de São Paulo totalizaram 3,635 mil unidades até março, o que representa uma queda de 29,2% na comparação com igual período do ano passado, quando era de 5,133 mil unidades.
Os resultados indicam que o mercado pode estar em processo de ajuste em relação ao desequilíbrio entre volume de lançamentos e de vendas ocorrido no ano passado.
Projeção para 2012.
As vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo projetadas para o ano de 2012 devem atingir 31,1 mil unidades, segundo a pesquisa. Se alcançado, este número representará um crescimento de 10% em relação às 28,3 mil unidades vendidas no ano passado e movimentará cerca de R$ 14,8 bilhões, R$ 1,3 bilhão a mais que em 2011.
O economista-chefe do Sindicato da Habitação, Celso Petrucci, afirma que o mercado caminha para um ajuste em busca de equilíbrio: "Os números da pesquisa nos permitem supor que há um processo de redução na diferença entre as unidades lançadas e as comercializadas", disse, em encontro com a imprensa, há pouco.
A projeção de lançamentos para 2012, na capital, totaliza 36,2 mil unidades, o que representa uma redução de 5%. Petrucci explica que o mercado imobiliário passa agora por um processo natural de acomodação, mas que crescerá de modo sustentável ao longo do ano.
O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, salienta que as novas regras da poupança devem ser positivas para o mercado: "Existe uma tendência de queda de juros para os financiamentos imobiliários. Isso impactará positivamente o mercado".
Ele afirma ainda que a manutenção de alta nas vendas de imóveis neste ano será relevante para que o País atravesse mais uma onda anticíclica, sem se contaminar com a crise que atinge os países desenvolvidos. Petrucci pondera que o setor ainda não sentiu "efetivamente" o impacto da redução dos juros.
Mas as perspectivas do mercado paulista de imóveis para este ano são favoráveis, por fatores como a reurbanização de áreas, com criação de novos bairros dotados de lazer, comércio, serviços e residência para todos os padrões. Petrucci cita ainda fatores macroeconômicos como baixas taxas de desemprego, aumento da renda média e da massa salarial, inflação convergindo para a meta de 4,5%, o crescimento moderado do crédito, em torno de 15%, a disciplina fiscal, com superávit primário em torno de 3,1% do PIB, e a economia crescendo em torno de 3,5%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário